quarta-feira, janeiro 27, 2010

COMERCIAL ENGRAÇADO

Assim que vi este comercial eu tinha que postar.

O cara tem uma boa vida, uma mulher, carro, casa e não consegue compor um blues. Aí após um gole da cerveja e tudo começa a dar errado: a mulher o abandona, ele perde o carro e começa a chover nele. E é daí que vem a inspiração, onde ele encontra o melhor blues que poderia compor.



Em seguida vem a sequência, não tão engraçada, mas também vale pelo humor.

terça-feira, janeiro 26, 2010

CONHEÇA O BLUES

O Blues é um estilo musical vocal e instrumental que evoluiu dos espirituais, cânticos e canções de trabalho afro-americanos e tem a sua raiz estilística na África Ocidental. O estilo tem sido a maior influência da música popular ocidental e americana, com expressão no ragtime, jazz, nas big bands, rhythm and blues rock and roll e na música country, como também na música pop convencional e até na música clássica moderna.

As primeiras formas de blues apareceram nos fins do século XIX e princípios do século XX no delta do Mississippi nos estados do sul dos EUA, usavam instrumentos simples como, guitarra acústica, piano e harmônica (blues harp).

A escala do blues é encontrada frequentemente em outras formas musicais que não o blues. Em músicas como “Blues in the night” de Harold Arlen, Baladas de blues como “Since I fell for you” e “Please send me someone to love” e até em trabalhos orquestrais como “Rhapsody in Blue” e “Concerto in F” de George Gershwin. De facto a escala do blues está onipresente na música popular dos nossos dias.

Frequentemente o blues toma a forma de uma narrativa solta, muitas vezes com o cantor recitando as suas desgraças. Muitos dos blues antigos contêm letras corajosas e realistas, contrastando com a maior parte da música que era escrita na altura. Um exemplo dos mais drásticos é “Down in the alley” de Memphis Minnie, que fala de uma prostituta que vende sexo num beco.

Nos fins do Século XIX e pricípios do Século XX, W. C. Handy levou os blues para além da linha, tornando-o respeitável e mesmo bem recebido. Este músico, compositor e orquestrador foi a chave para a popularidade dos blues, conhecido como “Father of the blues”, (O pai do blues), Handy foi o primeiro a transcrever e a orquestrar o blues quase como um sinfonia. Extremamente profícuo em toda a sua longa vida, o grande marco de Handy foi “St. Louis Blues”.

Bandas de Jazz gravam por vezes música de blues. Por volta de 1920 o blues tornou-se um elemento de destaque da música popular norte-americana. Com o desenvolvimento da indústria discográfica, houve um crescimento da popularidade de cantores e guitarristas de country-blues como Blind Lemon Jefferson, Bling Blake, Son House, Robert Johnson, Charley Patton e Mississippi John Hurt, uma mão-cheia de músicos que influenciaram o blues, e mais tarde muitos dos músicos rock. Os discos destes artistas ficaram conhecidos como “race records” (discos raciais), devido a se destinarem quase exclusivamente a audiências afro-americanas. Cantoras de blues existiam também na altura, e muito populares, destacando-se, Mamie Smith, Gertrude “Ma” Rainey, Bessie Smith e Victoria Spivey.

Em 1940 e 1950, o desenvolvimento da urbanização e o uso de amplificação sonora levaram ao blues eléctrico, muito popular em cidades como Chicago e Detroit, e os melhores exemplos são artistas como Howlin’ Wolf, Muddy Waters e John Lee Hooker. O blues eléctrico terá sido eventualmente o “pai” do rock and roll.

O apelo do blues continuou forte nas décadas seguintes. A música do American civil rights movement, Black pride movement e do Free speech movement nos Estados Unidos fez ressurgir o interesse pelas raízes da música americana em geral e na anterior influência da música afro-americana em particular. Músicos como Eric Clapton, Janis Joplin e Jimi Hendrix, influenciados tanto pelos primeiros bluesmen como pelos mais recentes, levaram o blues a uma audiência cada vez mais nova. Através destes músicos e de outros, anteriores e posteriores, o blues influenciou definitivamente o desenvolvimento do rock and roll.

Assim como mestres do blues como, John Lee Hooker, B.B. King e Muddy Waters continuaram a tocar para audiências entusiastas inspirando novos artista a mergulhar no blues tradicional, tais como Taj Mahal (músico). A música de Mahal foi proeminente no filme Sounder nomeado para os Óscares de Hollywood em 1972, protagonizado por Cicely Tyson e Paul Winfield; a ação passava-se no Louisiana dos anos 30, e foi muito importante no reviver do interesse na velha escola do blues acústico. Oito anos depois, o filme The blues brothers foi também muito importante para ajudar ao conhecimento do blues urbano do Século XX por parte das gerações mais novas.

Desde aí o blues tem continuado a crescer, tanto na sua forma tradicional como em novas direções através de músicos como Taj Mahal, Robert Cray, Bonnie Raitt, Keb’ Mo’ e outros.

Intérpretes de blues aparecem virtualmente em praticamente todos os estilos musicais.

O blues aparece nos lugares mais surpreendentes. O tema da série televisiva Batman era blues, assim como o primeiro êxito de Fabian, “Turn me loose”. Da mesma forma, muitos clássicos do Jazz tal como “Now’s the time” de Charlie Parker, também usou o blues instrumental. A primeira grande estrela da Country music, Jimmie Rodgers, era também um intérprete de blues.

Copiei do Blog do Cláudio Oliveira